quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Polegarzinha




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Tu és
Uma porta para outra dimensão
Eu sou
Um artista feito artesão

Cada minuto sem hora
Misturas o sorriso com o olhar
Espero por ti lá fora
São mimos que te quero dar
Uma flor assim respirando-me a mim
E o perfume que ela me oferece
Ir à brisa Norte, sentimento forte
Que enlouquece

Tu és
O reflexo da imaginação
Eu sou
O destino e a direcção

Toda a intemporalidade
O contorno dos teus lábios para saborear
E para matar a saudade
Em tuas pétalas deixar-me levar
O gorro a cobrir o que quero despir
E o toque de seda que não esqueço
E é nesta passagem que eu chego à margem
E atravesso

Planeta Ressequido


Eles empurram-te macacos para dentro da caixa craniana com um funil
Esta migalha escrita daquilo que sinto é apenas um múltiplo
Sou um hall of famer do esquecimento

Queria engasgar a guitarra
Colérica, ressequiste as crostas do meu planeta

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Esmago tudo em polpa

Mas na altura,
Senti muito
E agora,
Sinto muito.

How do you know I know myself?
E.T. é o verão em França

No mundo tudo tem a ver com tudo se quisermos ser demasiado religiosos
Ou nada tem a ver com nada se quisermos ser demasiado caóticos
Mas para ser realmente preciso, No mundo
Alguma coisa tem a ver com alguma coisa.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Amiga



Textos novos ou de meia idade
São falhões empapados e têm falta de ritmo
na tentativa do indizível
Não há epopeia que te faça justiça ao tentar relatar-te uma homenagem de ti
Sincerímetros e honestómetros, rebentas-lhes a escala de prata liquefeita
Um habitat da turbilhonante calma do macroentender

Nenhum doping financeiro ou mutantes abundâncias de substanciais propriedades móveis valorizariam algo que lhes parece vidro mas que na verdade é um diamante -
Que é aquilo que oceanos de ar ou conglomerados de redes formadas de recursos de dados e serviços interligados não conseguem separar

Aquilo, aquela coisa... aniquila essas meras bagatelas de números
Junta-se numa sofisticada receita do ser,
Como ela é é o que é suficiente e isso basta
É uma coisa que nem é uma coisa. Soa:
Amizade
E de longe não faz juz ao que é
Mas pretendia que soasse melhor que um si(mples)lêncio quente


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Impasse rotativo penteia-me o cérebro


Impasse rotativo penteia-me o cérebro
Metafisicamente, a imposição do pretérito instala-se no nunca.
The impatient groggy structures indecisive non-choices.

Possuo a conversa estranha que conheço
Desejo implacabilidade de tratamento após perecer, coerência potável em relação a como vivi.
Devia estar contente por a tristeza me triturar.

Expurgo os defeitos como sal a mais numa comida criando vácuo.
Será uma patologia?