sexta-feira, 20 de março de 2009

Demental - The Mental

Divagravas,
Num non-sense canónico, pluritonal
O espelho reflecte e reflectir é pensar
Borrachas e corações colidem quando se tenta apagar o passado
Que melhor estudo de anatomia que sentir na pele
Viste-me as entranhas e não me decifraste
No ponto. Entre a genialidade e a loucura
Qual é o fim dessas coisas e qual será o seu fim?
O duelo silencioso entre mim e mim próprio
A estrutura que me sustenta é o que eu ostento
Sem tretas não há milagres
Gostava de ser um homem sobrehumano
Se borrei a pintura no passado, estou-me nas tintas
Aprendi a lidar com a minha desgraça como uma simbiose
Fiquei a viver partilhando o vazio com criaturas inertes
Nunca constatei alguém desdenhar do aprazível com tanto fulgor
Como brandy mel doce e agreste ela fazia-me implodir...
A minha vida está com cancro.

2 comentários:

  1. Olá João,

    A frieza dos acontecimentos têm que ser ultrapassados. A essência do futuro é esquecer o passado e aprender com ele para analisar o presente e construir o futuro. As amarras do passado, os momentos mais descabidos ou bizarros que se vive são o cancro que nos deixa exaustos e cegos para erger ou construir um futuro paradisíaco.
    Não sejas umas das sombras da caverna de Platão. Sai da caverna, mesmo que a luz fira os olhos e erga-te como um sábio que és.
    Faz renascer a beleza e a nobreza que existe em ti.

    Um abraço
    Feiticeira

    ResponderEliminar