sexta-feira, 20 de março de 2009

Encarcerado na Máquina putrefacta que é o meu corpo

O meu cabelo está-se a desintegrar.
Os meus olhos de sangue borbulhantes, explodem órbitas fora.
A minha pele rasga-me em cacos.
A minha barba são espinhos cravados na minha face.
A minha carne consome-se a si própria.
Os meus ossos pulverizam-se como areia ao vento.
Os meus dentes saltam disparados das gengivas.
Os meus tendões dilaceram-me os membros.

Sonho em morrer e não realmente morrer.
Vagueio na minha carcaça como um zombie.
Cultivo a devoção ao impossível.

Cago os intestinos fora.